domingo, 6 de dezembro de 2009

TEATRO

Pacientes muito loucos

A peça O Consultório do Riso foi escrita pelo escritor goiano, Martins Muniz, que também é cenógrafo, carnavalesco e artista plástico e produzida e interpretada pela Cia. Bandeirante da capital de Goiás. Trata-se de uma comédia que conta a estória de um velho que sofre de impotência sexual e procura um consultório para tratar de seu problema. No consultório há um médico destemperado, uma enfermeira que ajuda nas loucuras do médico e uns pacientes muito impacientes. No elenco está Eurípedes de Oliveira (como o médico do consultório), Félix Carneiro (como o velho Firmino), Cristyanne Cabral (como a enfermeira), Paulo Baritchelli (como o garotão Salviano), Cristian Ramos (como o homossexual Ana Bela) e Brunna Bawbina (como a outra paciente). O fundador e diretor da Cia Bandeirante é Eurípedes de Oliveira que, atua e dirige o espetáculo. Ele, juntamente com seu parceiro de palco de longa data, Félix Carneiro, comanda um grupo de atores goianienses nessa peça muito hilária.
Eurípedes de Oliveira diz que o grande intuito da Cia Bandeirante é desbravar e levar teatro a todas as cidades do estado e fora. Ele entende que isso é uma forma de divulgar a arte, formar opinião e entreter pessoas, além de que o riso pode funcionar como uma espécie de terapia. “Através do riso estamos fazendo uma terapia e talvez até curando pessoas porque durante alguns momentos do espetáculo você esquece dos problemas, as dores passam e você vai tendo até uma certa melhora no dia a dia. Então isso é muito importante para a gente”.
O Consultório do Riso é um espetáculo novo que estreou em agosto de 2009 em Goiânia com um temporada de um mês no teatro do setor Marista e depois no teatro Ouro. Na sequência ouve temporada nas cidades de Anápolis, Ituiutaba (MG) e em Jataí. Segundo o diretor Eurípedes de Oliveira, a peça faz parte do roteiro da compania e teve boa aceitação por porte do público por ser agradável ao se assistir. “É excelente porque O Consultório do Riso retrata o cotidiano do ser humano; então as pessoas que vão assistir o espetáculo e, de repente, se depara e até se identifica com algum dos personagens. E também por ser uma comédia de fácil assimilação onde todos têm condição de entender”.
A peça foi apresentada em Jataí, na noite do dia 5 de dezembro de 2009 (sábado) no auditório do Instituto Samuel Graham-ISG. O diretor Eurípedes de Oliveira disse que o público foi bom e notou que a platéia foi bem participativa e sorridente o que motivou mais os atores durante a apresentação. “A pior coisa que tem é você fazer uma comédia, ou para casa vazia ou para pessoas sérias que não estão afim de sorrir. Não foi o caso daqui. Aqui foi muito legal. A platéia participou e sorriu na hora que tinha que sorrir. Isso pra gente é gratificante”. O diretor também teceu elogios ao trabalho do produtor local, João Rodrigues (diretor e ator), que se envolveu e preparou toda a condição para que a peça foi exibida na cidade. O ingresso custou R$ 10,00.

MÉDICO
Um doutor que trata com muito rigor e de forma temperamental seus pacientes no consultório.

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FIRMINO
Um velho cujo “passarinho” perdeu a razão de viver. Ele sai à procura do antídoto para reativar o "passarinho" e procura o consultório.

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TRAVESTI
Um homossexual que quer engravidar.

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SALVIANO
Um tipo de machão, garanhão e conquistador. Só pensa em pegar todas as menininhas. No final da estória ela acaba tendo que pessar pelo exame de próstata na clínica. E que exame!

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PACIENTE
Uma paciente que está desesperada para arrancar um dente que está lhe incomodando muito. Ela chega e incendeia o consultório com sua dor.

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ENFERMEIRA
Também uma espécie de secretária. É ela quem recebe os pacientes do consultório. Passam pelas suas mãos os mais diversos tipos de pessoas.

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A CRÍTICA DO DIRETOR

O diretor da peça O Consultório do Riso elogiou a participação do público de Jataí, mas foi embora deixando uma crítica à administração do novo Centro Municipal de Cultura e Eventos Dom Benedito Domingos Cóscia. Segundo ele, a peça teve que ser apresentada no auditório do ISG porque ficou inviável para a Cia Bandeirante o valor do aluguel do Centro de Cultura. “Tá certo que aquele local ficou muito bonito e que agora a cidade conta com uma boa referência para apresentações teatrais. Mas não é certo ter que ‘vender uma casa’ para se apresentar lá”, disse Eurípedes de Oliveira se referindo ao valor de R$ 1,5 mil (mil e quinhentos reais) que teriam de recolher como aluguel pela apresentação. Ele ainda comparou esse valor com o cobrado pela mais tradicional casa de teatro de Goiânia que cobra R$ 1,6 mil (apenas R$ 100 a mais para se apresentar na capital) e opinou achar injusto que o poder público cobre um valor elevado já que é um local construído com verba pública.
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QUER CONHECER MAIS DA PEÇA? ENTÃO VEJA UM PEQUENO TRECHO DOS PERSONAGENS.
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VÍDEO 1: SALVIANO E ANA BELA

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VÍDEO 2: O MÉDICO, A ENFERMEIRA E A PACIENTE

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VÍDEO 3: FIRMINO

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